A década de 60 caminhou pela linha do elegante. Nesse período, foram desenvolvidos os modelos scarpin (sapato feminino), os vestidos em forma de tubo e cortes de cabelo diferenciados. Na moda masculina, a informalidade começava a operar na substituição dos ternos bem cortados pelas calças jeans e camisetas. Os topetes também ficaram famosos nesse período.
Em meio às ditaduras militares espalhadas por todo o mundo, surgiram os movimentos de contracultura, como os hippies. Com o lema “paz e amor”, eles se vestiam com roupas coloridas e cheias de estampas floridas – representava pensamentos positivos, contrários aos regimes que privavam a liberdade, na época.
O uso dos produtos de beleza, no rosto, era notório. A maquiagem se transformou em tendência e fez parte do cotidiano dos jovens. Eles preenchiam com cores brandas, claras, e munidos de muita praticidade. Outra sensação do momento eram as perucas. Talvez tenha sido o período em que mais se vendeu essa mercadoria. Elas vinham em diversos modelos e cores, sem contar que o custo era menor.
As roupas no estilo indiano começavam a entrar no mercado. A manifestação dos hippies tomava grandes proporções. Os tecidos de algodão com estampas florais, a coloração bem viva, presentes o azul, amarelo, verde, rosa e outras cores. As calças boca de sino se encontravam no auge. Carmen Miranda inovou com o uso dos turbantes e ornamentos que usava em seus vários shows.
Na mesma época, o estilista André Courrèges lançou a coleção “Space Age”, em que utilizava a roupa branca, fazendo contrastes entre as tonalidades. Além disso, ele produziu minissaias mais curtas e roupas de alta costura. Courrèges faz roupas para o público feminino, principalmente, jovens livres. O material é diferenciado, em vez de sutiãs e espartilhos, abusa das costuras quadradas: ternos com bolsos bastante volumosos, calças, etc.
Em Londres, a modelo, atriz e cantora, Twiggy Lawson, marcou a década de 60. Seus cílios chamavam a atenção. A imagem de uma modelo magra com saia curta fazia parte desse período. Cabelos lisos e curtos entravam em contradição com os paradigmas da década de 1960. Os padrões da época eram altíssimos, uma vez que a belíssima Marilyn Monroe representava esse formato ideal de beleza.